domingo, 12 de maio de 2013

A caçada – Lygia Fagundes Telles


O conto fala sobre um homem que entra em uma loja de antiguidades e logo de cara se depara com um quadro em que ele se identifica e começa a observa-lo melhor. O tal quadro já estava velho e caindo aos pedaços, mas mesmo assim ele diz para a velha (funcionaria da loja) que aquele quadro todo empoeirado estava mais nítido, mais vivo. A senhora acha estranho pois o tal quadro retratando uma caçada, nunca havia sido restaurado ou algo assim.
    O homem tinha em mente, que tinha alguma relação com aquele quadro, pois estava se sentindo dentro daquele ambiente retratado na imagem. Não sabia se era o caçador, se era o pintor ou até mesmo o artesão que confeccionou a tapeçaria. Então voltou para casa, porem passou a noite inteira pensando naquilo e não consegui dormir.
    Ele volta no dia seguinte e passa a observar o quadro. Mas dessa vez é uma sensação mais forte de que ele já havia vivenciado algum fato envolvido naquele quadro. Ele sentia as folhas, as arvores, o cheiro daquele ambiente. Ele se sentia dentro do bosque, com os pés na lama enquanto sua visão embaçava. Estava entre o delírio e a realidade, se sentia correndo entre as arvores, mas não sabia se estava caçando ou sendo caçado. Enxugava o suor que escorria enquanto gemia de joelhos: “Não...” o homem cai no chão com "as mãos apertando o coração". 

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